Mostrar mensagens com a etiqueta solidariedade. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta solidariedade. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Pessoal do Menilmontant FC com a sua faixa em solidariedade com Alfon + Comunicado dos BVK'92.



Pessoal do Menilmontant FC com a sua faixa em solidariedade com Alfon (membro dos Bukaneros recentemente encarcerado por 4 anos devido à sua participação na Greve Geral de 2013).

Comunicado, emitido hoje, dos BVK'92: ALFON LIBERTAD!

domingo, 21 de junho de 2015

II Mundialito Anti Racista de Moratalaz



Inserido nas Festas Populares de Moratalaz, tem lugar o II Mundialito Anti Racista organizado pela rapaziada do DISTRITO 14, colectivo que, pelas suas próprias palavras, "Constroem o bairro contra o capitalismo, o patriarcado, o fascismo e racismo" e que se fizeram notar em diversas lutas operárias e populares que tiveram lugar no corrente e passado ano.
Com afincado labor e cada vez maior poder de mobilização, têm sido um colectivo crescente em número e contundência, factores que têm sido incómodos para os poderes instituídos em Madrid. Graças a isto uma gigantesca onda de repressão tem-se vindo a abater sobre este grupo sob a forma de multas e processos judiciais, sendo que os lucros obtidos reverterão para ajudar a enfrentar estes encargos.

Um evento que será certamente bem animado e dinamizador deste bairro operário...

Desde o LP16 enviamos votos de sucesso para esta empreitada e um abraço solidário para todos os que se encontram a braços com processos-crime devido ao seu trabalho e dedicação à causa da Classe Operária.







domingo, 1 de fevereiro de 2015

Clapton Ultras participam numa marcha pelo Direito à Habitação (East London).

Aqui no LP16 consideramos que a chamada "Cultura das Bancadas" não é exclusivamente composta por assuntos boleiros/ultras...
Os Clapton Ultras pelos vistos também não, e disso fazem gala em todas as suas exibições. Imersos na comunidade onde estão inseridos, na zona Oriental de Londres, actuam em prol de várias causas sociais. Eis uma foto da sua participação na Marcha / manifestação pelo Direito à Habitação organizada no seu bairro.
A marcha também teve a participação de diversas organizações tais como Associações de Professores, Comités de Moradores, Sindicatos de Trabalhadores, entre outras.



Outros instantes recentemente captados no feudo calptoniano...:


domingo, 30 de novembro de 2014

JiMMY (Riazor Blues) DEP.



«Depois de agredir Jimmy e atirarem-no ao (rio) Manzanares quando ainda estava vivo, a Frente Atlético voltou ao estádio protegida, enquanto que os Riazor Blues foram proibidos de nele entrar e foram perseguidos.
Os meios de (des)comunicação logo se encarregaram de manipular o resto.
Não são bandos, são grupos terroristas para-estatais contra "aficiones" de futebol normais e correntes. Há, tão somente, que ver as mensagens e actos de sangue inocente amparados pelas autoridades, que os ignora, dos primeiros e o que demonstram os segundos, como recentemente ocorreu com o pagamento de um aluguer à senhora idosa que foi despejada, de Vallecas, com gargalhadas policiais incluídas, pelos Bukaneros.
Não são rixas violentas entre fanáticos, é a luta de classes disputada pelos 1) donos do negócio do desporto, através dos seus grupúsculos fascistas, 2) a classe operária consciente, e organizada em "aficiones".

Não perdoamos nem esquecemos, nenhuma agressão sem resposta.

PD: Mortes perpetradas por fascistas nas ruas desde 1990 até 2014: Cerca de 200, mais dezenas de milhares entre sem-abrigo e imigrantes sem documentos.
Mortes perpetradas por antifascistas nas ruas desde 1990 até 2014: 0.

Não te deixes enganar. Tudo é política, incluindo o futebol.»

Estas são as palavras, sacadas do mural do FB do BAR FALUYA, que me pareceram as mais indicadas para ilustrar, textualmente, este caso.

O blog LP16 endereça cumprimentos solidários, e de força, para com a família de Jimmy e para com os Riazor Blues.


sábado, 29 de novembro de 2014

Tifo e faixas na bancada de supporters do Rayo Vallecano ( Bukaneros ), Domingo passado.



Domingo passado bem agitado na bancada dos Bukaneros, começando por um mega-tifo intitulado ANTIFA ULTRAS e com a imagem de Tomada do Reichstag pelas tropas soviéticas (simbolizando a derrota do exército nazi em sua própria casa) mas com a bandeira "franjiroja" do Rayo Vallecano.~

Durante o jogo várias faixas foram sendo mostradas, mas a mais icónica teve a ver com o desalojo/despejo de Carmen, octogenária do bairro a quem tinha sido retirada a casa por falta de pagamento da hipoteca. Realidade esta cada vez mais presente nos bairros populares de vários países (incluíndo Portugal, claro está).
Ora, deu-se o caso em que a equipa técnica e os jogadores do clube se solidarizaram com este caso e se ofereceram para ajudarem a pagar a casa a esta senhora.
Todo o estádio estremeceu aquando da mostra da faixa e, inclusivé, noutros sectores do Estádio foram também mostradas outras faixas alusivas a esta situação.
Sempre presente tem estado uma faixa gigante, por detrás da bancada, dedicada a Alfon, jovem bukanero que foi preso aquando da Greve Geral de Novembro de 2012 e que ia ser julgado 3 dias depois (acompanhem a sua situação através de https://www.facebook.com/grupo.apoyoalfon?fref=ts )
Solidariedade da humilde massa adepta vallecana bem enraizada no Bairro, tendo os Bukaneros como vanguarda organizada...

É assim que se constrói o Futebol do Povo para o Povo.




Imagens do final do jogo desde a bancada BVK´92.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

«Paul Heaton: The miners' strike was inspiring - but working people have less power now»

Paul Heaton, vocalista dos extintos -e míticos- The Housemartins (e ex-hooligan do Sheffield United, Blades Business Crew: http://lowprofiler16.blogspot.pt/2010/04/housemartins-paul-heaton-blades.html ) numa entrevista em que transcorre os turbulentos tempos de revolta social em que a Classe Trabalhadora britânica se levantou contra as políticas de austeridade de Margaret Thatcher, nomeadamente as greves mineiras, e de como esses eventos o ajudaram a forjar uma consciência social adormecida até então.



«Somewhere in a South Yorkshire pit village near Doncaster, a miner’s son, now aged about 40, is still watched over by a guardian angel.

Paul Heaton, the singer-songwriter who earned cult status with The Housemartins and Beautiful South, sponsored the boy during the great Strike for Jobs 30 years ago.

Families were going skint as pitmen went unpaid for a full 12 months to save their coal mines and ­communities in a heroic battle with Maggie Thatcher and her police.

Heaton donated money he was beginning to earn from gigs with The Housemartins and gave away the toy soldiers and small matchstick-firing tanks he had played with as a kid.

“You could call me, I suppose, a disciple of the miners’ strike. It was a time when a lot of things came together politically,” recalls Heaton.

“Until then I’d thought of politics as something that interested middle-class hippies but in the strike it was the working class against the Tories and the state.

"I met some genuinely inspirational people. Women became powerful, joining the front-line to save jobs and pits and communities.

“We were fighting like hell for what we believed in.”»



Ler o resto da entrevista, bem interessante por sinal, aqui:
http://www.mirror.co.uk/news/uk-news/paul-heaton-miners-strike-inspiring-4141637#ixzz3EQoc0Mvi


No estúdio: Paul Heaton and Jacqui Abbott



Heaton no seu pub, King's Arms, em Salford. Note-se que enverga uma tee dos VIRTUS VERONA FANS...

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

De Lisboa: liberdade para Alfon!



Em vários países do mundo, estende-se a solidariedade com grevistas que estão a ser condenados ao cárcere no Estado espanhol. Portugal não é excepção. Alfon foi detido na greve geral de 14 de Novembro de 2012 e esteve preso durante 56 dias até ser libertado. Agora, espera pelo julgamento que se realiza, amanhã, 18 de Setembro.

O Estado espanhol pede cinco anos de prisão para o jovem de Madrid que é também membro dos Bukaneros, claque do Rayo Vallecano, clube do bairro operário de Vallecas. Porque resistir e lutar pela classe trabalhadora não é crime mas antes sinónimo de dignidade, juntamo-nos aos apelos pela absolvição de Alfon. ALFON, LIBERDADE! / Fonte: Mentalidade Resistente

terça-feira, 19 de agosto de 2014

"Finais de Agosto" - texto/ficção.



«Puxou a última baforada e atirou a beata para o chão. Tinha ficado uma boa meia hora a mirar as Ilhas sentado na borda do Cais e a pensar nos 2 amigos que tinham sido detidos pela Polícia Judiciária por participarem "activamente" na Greve Geral da semana passada.. Enquanto isso ia acabando o 6-pack que comprara no mini-mercado. E acumulava raiva.... Lá se decidiu então e levantou-se em direcção ao Ferry das 19h00.

Iria passar a noite na Armona, tinha lá um par de bares bacanos que passavam Ska, Reggae e algum Punk, onde a rapaziada se juntava com outra turma chegada de outras paragens. Maior parte de Lisboa e do Norte, mas muitos do estrangeiro. «Com sorte ainda conheço uma cámone giraça que me albergue na sua tenda.. » - pensou ele, entre um esgar maroto e mais um SG Gigante sacado do bolso da sua camisa. Levava apenas o seu harrington que lhe serviria de abrigo caso caísse a cacimba da noite, tabaco e uns trocos no bolso dos calções. Certamente iria encontrar o Elói que lhe emprestaria algum. Desde que tinha sido despedido da Conserveira por ter participado na Greve, que o Elói muitas vezes lhe servia de amparo em situações de aperto financeiro. Principalmente nas deambulações nocturnas de bar em bar... Ao caminhar para o barco ainda saúda Amadeu (também conhecido por Camadeu), velho pescador ocasional e bêbado veterano que pulula o seu tempo pelas várias tabernas locais, apanhando "camadas" de meia-noite. Entra no Ferry e logo se depara com um grupo de punks e skins a falar alto e partilhar litrosas. Deviam ser uns 7 ou 8 e, como não podia faltar, tinham 2 cães.

Aproveitou o balanço do 6-pack que tinha bebido e lá foi meter conversa quando o barco arrancava em direcção à Armona. Eram de Sevilha e estavam ali de passagem uns dias para depois subirem até ao Seixal, à Festa do Avante, pela costa alentejana.. Quando já estavam a meio caminho todos comentam os gigantescos graffittis e murais políticos das paredes da Zona Industrial.. O maior era mesmo um a gordas letras brancas, pintadas a rolo, que dizia GREVE GERAL 21 NVMBR com a foice e o martelo, mesmo ao lado estava um bombing do SEN, o famoso writer olhanense, e um outro mural com a cara do basco Argala que dizia: "Honra ao Gudari."

Passados 15 minutos o barco prepara-se para atracar e, enquanto todos se amontoam junto à entrada para sair, vislumbram uma outra pintada junto da zona de atraque com as garrafais letras RDA (República Democrática da Armona)..
Mô riu-se quando apontava a pintada aos sevilhanos e todos eles fizeram um sonoro brinde com as botelhas de cerveja. Encararam isto como umas excelentes boas-vindas à Ilha.
A rampa do barco é aberta e, agora, famílias inteiras com geleiras e sacos cheios de mantimentos comprados nos supermercados ou no Mercado de Olhão acotovelavam-se, em algaraviada, para serem os primeiros a sair e irem fazer a janta na sua casa de férias (ou tenda, em muitos casos). Um pitoresco alvoroço que dava gosto ver.
O sol já baixava, mas mesmo assim o calor convidava todo o grupo a beber uma “loira fresca” assim que saísse. E assim foi: Mô convidou todos a dirigirem-se para um dos primeiros bares da passadeira da Ilha, passadeira esta que atravessa a Armona quase toda em direcção à praia virada a Atlântico. Iam-se aproximando, em franca cavaqueira, começam a ouvir os acordes de Peste & Sida ressoando nos altifalantes do Bar Bukaneiro... Aromas a liamba invadem o ar e um pequeno grupo esfumaçava um pôrro mesmo à entrada, debaixo do telheiro que tinha o apiratado símbolo do bar. Entraram e lá estava, de facto, Elói encostado ao balcão..

«És pior c´ás moscas, môôôss!!!..», gritou Mô, «...sempre agarrade ao balcanite a lamber cerveja morta, hahahahhah...!». Elói e Gerry, o irlandês dono do bar que envergava uma t-shirt do St.Pauli, riram-se e saudaram-no com um abraço. O castiço bar estava quase vazio, ainda estava toda a gente na praia ou no mar, na faina.. Apresentaram-se todos, os sevilhanos e os portugueses, e ali ficaram, bebendo Cristais e petiscando tremoços ou anchovas salgadas em conserva, para puxar a sede e enganar a fome... Reggae e Ska eram a banda sonora deste lusco-fusco.
Enquanto o dia se esvai no pôr-do-sol vai chegando mais e mais turma da praia, ansiando por refrescar a goela...: "Sai mais uma rodada!" ouvem-se inúmeras vezes, a inúmeras vozes. A dada altura Mô puxa Elói à parte e começam a conversar: «Ah mano, atão comé que tájaver a coisa?... Que merda essa do Cárlinhes e do Salomão. O Salomão já é a 2a vez, a 1ª foi em Novembro». «Pois, temos de fazer alguma coisa para lhes dar apoio.. Nós cá fora e eles lá dentro. A advogada já sabe e tasse a mexer. Agora tems é tamêm de ser nós na ruas a mexer o cú por eles.. Já não é a primeira vez que os nossos vã´de choldra.. Nós temes SEMPRE que fazer alguma coisa..» E semi-cerra os olhos enquanto esmaga a beata no alpendre de madeira do Bukaneiro. Elói acena com a cabeça e diz: «Sim, vames fazer alguma coisa, primo..». (...).


No dia seguinte Mô desperta debaixo da sombra de um velho barco abandonado. Tinham todos ido passar a noite nas dunas, acabando várias garrafas de vodka e um par de grades de Cristal.
"Já o sol vai alte, Mô..." diz para si próprio. Levanta-se e sacode a areia da roupa. Olha em volta e vê vários sevilhanos ainda a dormir. Ao longe, no areal, vê já uma miríade de chapéus de sol...
É Domingo e joga o C.D. Marítimo Olhanense. Decide ir para a cidade sozinho ver a bola e falar com turma amiga acerca do que se passou com os amigos detidos.

Apanha o barco e vai para a cidade. Desempoeirado, esgueira-se pelas vielas do alvo e labiríntico "casco-velho" olhanense, encimado pelos cúbicos terraços. Ao passar à porta do Centro Social Okupado da Rua dos Sete Cotovelos , sai-lhe de lá uma moça mulata, com a tatuagem BDI no braço direito e com uma blusa do MC Pablo Hasel. Era Cely, rapper do Bairro dos Indios, um dos vários bairros sociais que orlam a cidade de Olhão. Tinha andado à escola com Mô e também ela se dirigia para o Estádio. Trocando umas impressões, apressaram o passo até lá chegarem e ela foi ter com um grupo de amigos.

Mô, por sua vez, entra no bar da claque, num pequeno pavilhão contíguo ao Estádio, e vai directamente falar com um dos que consegue os tikets mais baratos. Afinal de contas não tinha um chavo. O cheiro a choco-frito activa-lhe o apetite "dasse, olha o meu pequeno almoço" disse, e crava uns quantos ao moço do grelhador que lhe passa uma Cristal para a mão também..

Entra dentro do "bunker" e vai falar com Kinkadas, um dos mais velhos.. "atão mekié, prime tá tuude?"
"Ya Kinks, já sabes o que se passou com o Cárlinhes e o Salomão?"
"Sei pois, ganda merda.. filhes de puta. Mas deixa que temes hoje faixa pr`a eles, já estamos a pintá-la.."
"O quê? JÁ??"
"Atão foda-se, o qu`é que achas, que andamos a dormir môh..? ehhehe" E aponta para a sala do lado, onde uns 5 ou 6 pintam LIBERDADE PARA OS PRESOS DA GREVE! Estavam a pintá-la indoors pois, apesar do cheiro da tinta, era preferível a pintarem-na no exterior. A Polícia e os spotters podiam ver esta empreitada e implicar com a faixa.
"E a direcção do clube?? Nunca vão admitir a faixa, e vão-se chibar à bófia p`ra não a deixarem entrar.. Aliás, os próprios spotters vão querer consficá-la à entrada..!"
Pelo seguro, após uma reunião rápida, decidiu-se fazer entrar a faixa no decorrer do jogo para ludibriar a segurança na entrada. A bancada da claque, de nome TORPEDOS, ficava a uma altura relativamente baixa. Puxaram então a faixa com uma corda desde o exterior para o interior da bancada, fazendo o possível para não serem vistos pelas forças de segurança.
Era um estádio da 2ª divisão B mas tinha uma boa assistência, perto de um milhar, no mínimo, assistia a cada jogo em casa.
Assim que a faixa foi aberta (juntamente com 2 tochas de fumo), e suspensa no ar através dos cerca de 100 membros da claque, muitos aplausos se ouviram das outras bancadas também.. Ao fim e ao cabo, eram operários e operárias, pescadores, jovens, que faziam parte da massa adepta, e muitos deles haviam participado na Greve.
Estava acicatado um sentimento que reverberava em toda a Classe Trabalhadora da cidade.

O dono da Conserveira Petiz, Salvador Cerqueira, era presidente da direcção do Clube, e o seu maior accionista. Tinha sido na conserveira Petiz, a maior da cidade, que se tinham levantado os maiores protestos organizados aquando do anúncio dos cortes nos ordenados da Tróika. Os trabalhadores consideravam inadmissível que lhes fossem subtraindo os salários enquanto o lucro dos industriais conserveiros aumentasse. E, por causa da crise, a população cada vez consumia mais produtos em conserva por serem baratos...
No decorrer da Greve Geral o patrão tinha dado um "extra" a quem a furasse. Apesar de serem uma minoria, a fábrica estava a laborar nesse dia e Salomão (dirigente da Comissão de Trabalhadores da Petiz) e Cárlinhes, decidiram juntar-se a um piquete de Greve móvel que ia cortar uma linha ferroviária afluente. Esta linha fazia as mercadorias saírem desta Conserveira para a linha ferroviária principal, aquela que trespassa todo o Algarve desde Vila Real de Sto António até Lagos, e as faziam chegar até ao Entreposto de Faro. Aí seriam metidas noutros vagões, ou em camionetas, para o resto do país.
Arrancaram algumas vigas da linha férrea com a ajuda de malta do Sindicato dos Ferroviários. A seguir foram juntar-se ao piquete que estava aos portões da empresa, tentando impedir a saída de camiões com mercadoria..
Aí foram detidos quando o piquete estava a bloquear a saída de um camião dos "fura-greves". Como o condutor ia investindo com o veículo sobre os trabalhadores em greve, ambos se empoleiraram na cabine e deram um par de galhetas aos "furas". O camião parou, claro. Mas a polícia depressa interveio e deteve-os, sobre um cerrado coro de protestos e de sonoros petardos que caíam na direcção da linha frontal do Corpo de Intervenção...

Voltando à faixa aberta em pleno jogo, assim que Cerqueira viu, do outro lado do estádio, a faixa de 10 metros rapidamente ordenou aos spotters e polícia para a retirarem.
Em menos de um flash apareceu um grupo de bófias do CI, perto de uma dezena. E tinham um spotter à cabeça, um dos que regularmente acompanha os Torpedos nas suas deslocações a outros estádios..
Assim que o spotter deita mão à faixa, logo a claque a recolhe entre o seu seio. Os "robocops" tentam logo impedir que a faixa desapareça entre os Torpedos lançando-se entre o grupo, brandindo os cacetetes e acertando nalgum lombo menos atento..
Vá lá que a reacção do grupo foi rápida e conseguiram que a faixa saísse por onde entrou.
Primeiro penduraram-na na parte exterior da bancada, Kinkas e Mô agarraram-se ao pano e desceram por ela abaixo, como se estivessem a fugir duma prisão pelos lençóis. Quando chegaram ao chão recolheram-na debaixo do braço como puderam..
"BAZA KINKAS, FODA-SE, BAZA!!" Gritou Mô, ao passo que os outros lá em cima se riam por ver a cara dos bófias e spotters.. Olhavam com desdém para toda a cena, incapazes de apanhar a faixa...

Quando chegam à sede da claque, o "bunker", todos se riam e brindavam (incluindo a turma sevilhana, que entretanto tinha chegado da ilha e se juntava à galhofa). Não celebravam a vitória do jogo, pois tinham perdido 0-2 com o Desportivo de Elvas. Mas que importava isso??.. era o 2º jogo da época, ainda tinham muitos jogos para recuperar este solavanco na tabela.. Celebravam antes a "Vitória da faixa solidária” .

O cheiro do fumo das tochas mesclava-se com o cheiro a churrasco, e todos entoavam a música “YOU’LL NEVER WALK ALONE” tocada pelos Los Fastidios que o soundsystem torpedista debitava.
Mô sentia que, com uns companheiros assim, nunca se sentiria sozinho por mais dura que fosse a luta. Olhava em volta e via a expressão de contentamento de todos.. Estavam orgulhosos. Ele incluído.
Mas havia ainda muito a fazer.... »



Contribuição do leitor R.Srnm. Thanx.

Construção do estádio do FCUM avança a todo o vapor.



«quando os adeptos se unem tudo pode acontecer .. não quiseram ser lacaios dos senhores do dinheiro .. rejeitaram as premissas impostas pelo futebol moderno e criaram um clube .. qualquer dia já podem jogar no seu estádio .. e quando digo seu, é mesmo de cada um dos sócios deste maravilhoso projecto que é o FCUM .. todos contribuíram, todos decidiram .. só assim faz sentido o futebol, o desporto, a sociedade ...»

Texto de Peter Charles, leitor do blog.

https://www.facebook.com/FCUnitedMcr/photos/a.10150151746750540.333784.11996185539/10152615872375540/?type=1&theater

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

2009-2014 cinco anos da distribuidora Clásicos y Macarras, sempre activa e na linha da frente!

https://www.facebook.com/pages/Clasicos-Y-Macarras/111113490892?hc_location=timeline

http://clasicosymacarras.blogspot.com.es/

Tal día como hoy de agosto del 2009 empezábamos la andadura de éste proyecto, C&M clásicos y macarras. Aunque en un principio teníamos nuestras dudas para empezarlo sin saber hasta donde íbamos a llegar, con el transcurso del tiempo hemos visto que tanto a ustedes como a nosotros nos ha ido gustando cada vez más. Y es por eso por lo que hemos llegado a los 5 años de vida, cinco años en los que siempre hemos estado al lado de la clase obrera antifascista. Éste proyecto surgió para sobrevivir a la crisis capitalista y sigue cinco años después superviviente de éste "exterminio silencioso" que provoca el capitalismo en la clase obrera, empeorando sus condiciones de vida. Quisiéramos dar las gracias a todos los que habéis colaborado de alguna forma u otra con C&M clásicos y macarras, amigxs, compañerxs, enemigxs...especialmente al que se embarcó desde un principio en éste proyecto y fue el motor del mismo, y sobre todo a la clase obrera que se tiene que buscar la vida fuera de su tierra "no se van, los echan"...
Porque no nos olvidamos de quienes somos ni de donde venimos...Muchas gracias a todos por estos cinco años, esperando que sean muchos más..."somos la clase obrera antifascista".

domingo, 3 de agosto de 2014

SOLIDARIDAD CON MTZ RIPPO (PARTIZAN MINSK).



»SOLIDARIDAD CON MTZ RIPPO (PARTIZAN MINSK)

Otra vez el fútbol moderno vuelve a sacar la guadaña, esta vez les ha tocado la desgracia a los chicos de Partizan Minsk Football Club los cuales se han visto obligados a dejar la segunda liga Bielorusa por motivos económicos.Todo nuestro apoyo.» S.D.L.

AlkorHools & Bukaneros com faixa conjunta.



Aquando do jogo amigável que ontem ocorreu, ambos os grupos se uniram em Solidariedade com os combatentes Antifascistas ucranianos e com o massacrado povo da Faixa de Gaza.

Pin solidário "CELTIC- PALESTINE".



«Right then Fholks, good news! The Celtic/Palestine badges are back in stock and we have made contact with the Palestinian Medical Relief Society re. donating. So if you wish to purchase please send £3.50 plus 80p to cover postage via paypal to footballmemories@hotmail.co.uk, all profit to PMRS. Want to thank Sabcat Printing once again for their continued help and support. Please make sure you make payment for family and friends and include address, Cheers»

quarta-feira, 30 de julho de 2014

"Gradas rebeldes, aficionados conscientes": Comunicado Alkor Hooligans & Bukaneros.

Por encima de colores y escudos, nuestra actitud nos une. Por ello consideramos que esta ocasión es perfecta para desde nuestra posición hacer un llamamiento y visibilizar el terror que el imperialismo está desatando mientras nosotros animamos a nuestros equipos.
Los conflictos y agresiones que el imperialismo capitalista desarrolla en zonas de la periferia del sistema capitalista ni son nuevos ni mucho menos aislados, pero en el momento actual hay dos lugares que llaman nuestra atención y nuestra sol

idaridad incluso por encima de los demás como son la continua agresión sionista sobre Palestina y el golpe de estado a manos de los fascistas en Ucrania.
Palestina ha sufrido la ocupación militar, política y económica por más de cuatro décadas. El estado sionista de Israel practica un sistema de apartheid sobre la población palestina, destinado a asegurar y afianzar el proyecto político de imponer un estado propio en la tierra que reclaman por “voluntad divina”. Y como cualquier apartheid, este debe apoyarse en un completo control económico, político y militar que en momentos específicos toma la forma de genocidio destinado a ampliar y afianzar las zonas de control del estado sionista. En esta última ofensiva Israel ha asesinado hasta el momento a más de 1000 personas, en su mayoría civiles no combatientes y alrededor de 200 niños. Se bombardean de forma sistemática colegios, hospitales y cualquier infraestructura que permita minar la moral, la vitalidad y la resistencia de los palestinos. Bombas y balas que abren paso a la dominación y explotación de los recursos naturales de Palestina, mientras la población árabe se ve recluida y ahogada en barrios y campamentos sin recursos, a la sombra de muros interminables que protegen los privilegios de Israel y sus ciudadanos. 
Y ante todo esto, la comunidad internacional, incluyendo a España y EE.UU., proveedores de armamento israelí, mantienen posiciones de ambigua neutralidad que permite que el sionismo siga defendiendo los intereses del imperio.

Mientras tanto, en Ucrania, tras lo que los medios al servicio del orden capitalista denominaron “revolución” pro-europea, se instauró un gobierno con numerosos elementos abiertamente fascistas, que concentraron el poder mientras organizaban y armaban milicias paramilitares destinadas a reprimir cualquier tipo de oposición: atacaron sindicatos, secuestraron militantes, asesinaron activistas y persiguieron cualquier resquicio de actividad revolucionaria destinada a resistir frente a los intereses de Europa y EE.UU. en el país. Con la evolución del conflicto, y el afianzamiento de los fascistas en el poder y en las calles, y con el surgimiento y organización de milicias antifascistas decididas a resistir esta nueva agresión perpetrada por la burguesía mediante sus históricos perros de presa, la situación se ha transformado en una “guerra civil” entre la maquinaria fascista y la voluntad de los militantes antifascistas. La historia nos debería resultar familiar: la burguesía promueve una ofensiva fascista en defensa de sus intereses, y el silencio internacional es todo el apoyo que reciben aquellos que deciden entregar su vida a defender los intereses de la clase obrera. Silencio y mentiras en la España de 1936, silencio y mentiras en la Ucrania de 2014. Cañones, telediarios, fusiles y periódicos son las armas utilizadas para una vez más someter a la clase obrera a los intereses de los propietarios de los grandes capitales.
Desde aquí, lo mínimo que podemos hacer es llamar la atención sobre la colaboración (nuevamente) entre la gran burguesía y los fascistas, con la clase trabajadora y los revolucionarios como foco de su ira; y admirar y alabar el valor y la determinación de aquellos que están entregando su vida a la resistencia contra el fascismo.

CONTRA EL FASCISMO. CONTRA EL SIONISMO. SÓLO EL PUEBLO SALVA AL PUEBLO. ¡NO PASARÁN!

terça-feira, 17 de junho de 2014

"Calcio Poppolare in Movemento" Malta do Stella Rossa de Nápoles...



Calcio Popolare in Movimento...
Memorial Ultras Lewboski, Firenze '14...
Per Gae & Bollo, ragazzi come noi...Kilometri & Aggregazione...Per questa splendida realtà...Calcio Popolare tutta la Vita!
Adelante Stella Rossa!!