O tema é já recorrente, mas nem por isso deixa de ser sempre útil a sua abordagem, pois as coisas continuam teimosamente na mesma.
Trata-se, ora pois, dos preços dos bilhetes.
Ainda não se vê um debruçar dos clubes - principalmente os que se encontram alheados das 1as divisões - sobre esta matéria de uma forma consequente.
É uma teoria mais ou menos fácil de compreender e a sua implementação na prática e no quotidiano dos clubes traduzir-se-ia num acréscimo de vantagens para os mesmos:
Preços baixos trariam mais gente ao Estádio; essas pessoas consumiam itens no seu interior e exterior (Tascas locais, cafés/snack-bar do Clube, loja de material oficial do Clube, roulotes, etc..).
Porventura algumas das pessoas trariam amigos que raramente iam à bola e começam a acompanhar e seguir o Clube, fazem-se sócios, que por sua vez angariam mais sócios (ou simpatizantes), os próprios jogadores sentem mais apoio, etc...
E assim, nesta dinâmica, os Estádios iam-se salpicando de mais e mais gente, seguindo a retórica de "pessoas trazem mais pessoas".
Esta "lógica da batata", por simples que pareça só pode começar com a descida dos preços de Bilheteira, medida cegamente negada pela maioria dos Clubes.
Todos sabemos que muita gente acaba por ficar em casa, ou no tasco mais próximo do Estádio, porque são preços abusivos. E não porque "as pessoas deixaram de gostar tanto de bola"..
Como caso flagrante de combate a esta situação, que não se dá só em Portugal claro, temos o Mansfield Town.
Este é um clube inglês da antiga vila mineira de Mansfield, Nottinghamshire, que tomou a atitude inédita de colocar os preços de entrada à quantia que os adeptos quiserem pagar, ou seja, PREÇO LIVRE.
Resultado: A assistência aos jogos do Mansfield têm duplicado.
Este post foi baseado na notícia E VÍDEO que aqui poderão visualizar:
Attendance doubles as Mansfield fans pay what they want
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